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Clik here to view.Desde o início da internet, há uma busca constante em facilitar a maneira de gerenciar o conteúdo dos sites com maior facilidade. Inicialmente surgiram softwares que facilitavam a criação de páginas HTML de uma forma similar a um editor de textos como o FrontPage e o Dreamweaver.
Logo, muitos programadores perceberam que poderiam criar um sistema que tornasse fácil a tarefa de gerenciar o conteúdo do site. Este tipo de sistema se chama CMS (Content Management System) ou sistema de gerenciamento de conteúdo.
Neste artigo, abordarei os motivos pelos quais NÃO deveriam ser utilizados um CMS proprietário na maioria dos sites.
A revolução do Open Source e Software Livre
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Clik here to view.O Linux revolucionou a forma de se desenvolver softwares através do conceito do software livre, no qual o código é aberto (open source) e sem custos de licença. Este formato de desenvolvimento permite que qualquer desenvolvedor possa melhorar o código e devolver para “comunidade” um sistema melhorado. Inicialmente, o Linux parecia não ameaçar a Microsoft, e atualmente mais da metade dos servidores de internet utilizam o Linux.
O conceito de desenvolvimento open source rapidamente se alastrou para outros tipos de softwares, e hoje existem centenas de softwares neste formato:
- BROffice - Excelente suíte de aplicativos com editor de textos, planilhas e apresentações que substitui perfeitamente o famoso MS Office.
- Firefox - Navegador web preferido por grande parte dos internautas. É mais rápido, seguro e existem centenas de plugins que adicionam novos recursos.
- Veja o artigo O Mundo é dos Open Source
Os dois mais conhecidos CMS´s open source são:
- Joomla! (este site é feito com Joomla!) – Um dos melhores sistemas de gerenciamento de conteúdo de sites. Com ele, usuários sem conhecimento técnico tem total condição de gerenciar o site com facilidade.
Veja o vídeo: Porque usar o Joomla! no site de sua empresa. - WordPress - Melhor CMS para criação de blogs. Também é possível criar sites excelentes com o WordPress. Devido à sua simplicidade e elegância, é o preferido por muitos designers.
Cuidado para não confundir software open source com “software barato”. Um dos principais benefícios (e critérios) da adoção de softwares open source é a COMUNIDADE em torno do software.
CMS open source versus CMS proprietário
A imagem abaixo ilustra com clareza a principal diferença entre as duas formas de desenvolvimento. O Uso do CMS proprietário torna o site refém da empresa que desenvolveu o site, e qualquer modificação ou evolução terá custos extras. O CMS open source conta com milhares de desenvolvedores em todo mundo pensando em maneiras de tornar o CMS mais eficiente.
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Novas funcionalidades com rapidez e sem custos
Ter apenas um site institucional é o básico para qualquer empresa. Sempre é necessário agregar novos recursos como galerias de fotos, vídeos, formulários com banco de dados, destaques para Home Page, catálogos de produtos ou lojas, etc.
Sistemas como Joomla! e WordPress utilizam o conceito de extensões (Joomla!) ou plugins (WordPress) que são recursos extras facilmente instalados no site. A ideia é simples, uma galeria de fotos é igual para um site na Inglaterra, Índia, Brasil ou qualquer país do mundo. Então, um desenvolvedor pode criar uma galeria de fotos e disponibilizar GRATUITAMENTE para comunidade. Veja esta excelente galeria de fotos para Joomla! ou este componente de Destaques para Home Page.
No modelo de CMS proprietário o custo de novos desenvolvimentos geralmente é alto e inviabiliza evoluções no site. Isso prejudica tanto o cliente que tem o site menos interessante, quanto o desenvolvedor visto que um site menos interessante gera menos negócios para seu cliente, e o investimento para o site é reduzido.
Curva de Aprendizado – Mais pessoas que já sabem como usar o CMS
Assim como usar Word e Excel é conhecimento básico, em breve saber usar um CMS como WordPress ou Joomla! também será conhecimento obrigatório para quem trabalha na área de internet. O uso de CMS proprietário não agrega valor para o currículo do profissional, pois em geral o CMS proprietário não é conhecido no mercado. Veja no gráfico abaixo, a comparação do volume de buscas de alguns dos CMS´s open source mais conhecidos do mercado. Inclui também o Dotnetnuke que é um open source desenvolvido em linguagem ASP.NET.
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O gráfico acima é do Google Insights for Search que mostra o interesse ao longo do tempo das palavras-chave. Note que o WordPress e o Joomla! são líderes incontestáveis nas buscas. Isso significa que potenciais clientes, desenvolvedores, jornalistas, webdesigners e outros profissionais têm um interesse em torno destes temas.
Olhando da perspectiva do aprendizado, vamos analisar as vantagens para cada profissional:
- Programador Web – Saber programar um CMS open source (Joomla!, WordPress ou outro CMS) amplia seu leque de atuação, pois muitos clientes já procuram por estas tecnologias. Não apenas pequenas/médias empresas, mas grandes organizações (principalmente governamentais ou ONGs) especificam no briefing de contratação o uso de tecnologias open source.
- Webdesigner - É comum o webdesigner ter o “amigo programador” que já utiliza um CMS proprietário. A verdade é que se o webdesigner conhecer bem de CSS, tem plenas condições de implantar sites dinâmicos com Joomla! ou WordPress com relativa facilidade, e o investimento que o cliente direciona para outro profissional poderá ficar com o próprio webdesigner.
- Cliente (dono/sócio, gerente de marketing, etc.) - É comum muitos sites utilizarem CMS proprietário e o cliente estar satisfeito com os recursos. O problema é que qualquer evolução no CMS tem custos altos, e caso haja uma troca de fornecedores, na maioria das vezes toda programação anterior não pode ser reutilizada pelo próximo fornecedor. O uso de CMS open source dá ao cliente a LIBERDADE DE ESCOLHA (parece propaganda da Oi). Outra vantagem é a possibilidade de encontrar no mercado pessoas que já sabem utilizar o CMS e com isso economizar em tempo de treinamento.
- Recursos internos (estagiários, jornalistas, secretárias, marketing, etc.) – Com sites estáticos ou CMS proprietário, grande parte das demandas de atualização do site serem solicitadas via e-mail e ser necessário esperar dias para serem concluídas. A questão é a publicação de informações deve ser cada vez mais veloz, e esta metodologia não combina mais com o ritmo da internet. O uso de CMS open source traz mais AUTONOMIA para equipe interna. Veja um site criado pelo Diego Kadry da Divertire que é analista de marketing: www.certificado-digital.org. Este site foi criado a partir de um template Joomla! em apenas 2 dias!
Quando usar CMS proprietário?
Antes que achem que este artigo é contra o uso de CMS proprietário, vamos deixar claro que o foco deve ser o cliente e o projeto. Com isso, devemos sempre pensar em Custos, Prazos e Escopo, e não na tecnologia que mais dominamos.
Em sites com conteúdo muito específico como portais de receitas (tudogostoso.uol.com.br), sites colaborativos (www.feriasbrasil.com.br) e/ou sites com uso de mídias específicas (www.gengibre.com.br) o uso de um CMS proprietário é muito mais adequado do que um CMS open source.
Conclusão e reflexão
A escolha do CMS deve ser uma decisão de negócios, e não uma decisão do “caminho mais simples” para o desenvolvedor. Sair da zona de conforto não é fácil para maioria das pessoas, porém para um profissional web é uma questão de sobrevivência. Um CMS proprietário é como um filho para muitos desenvolvedores, por isso é necessário olhar de uma forma mais ampla para o mercado e analisar os prós e contras de continuar usando o mesmo CMS para seus clientes.
Independente do tema CMS, existem vários outros temas que geram polêmica como Sites em Flash, Links Patrocinados, SEO, etc. O fato é que não deveríamos tratar como confronto de quem está certo, mas de refletirmos a própria relação cliente/fornecedor que deveria ter mais transparência e confiança. Com isso, assumir erros seria mais fácil do que persistir no erro até a quebra de uma relação de trabalho.
A relação cliente/fornecedor deveria ter uma base maior no APRENDIZADO.
“O futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de
sua capacidade de aprender coletivamente.”
(Peter Senge)
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