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Empresário 1.0, Web 2.0 e Estagiário 3.0

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Trabalho com internet desde 1997, e como muitos acreditei que ficaria rico em pouco tempo desenvolvendo site (com FrontPage Yell). Com o estouro da bolha em 2000/2001, ficou claro que devemos avaliar como investir nosso tempo e dinheiro com cautela, aprendendo com erros do passado.

O termo Web 2.0, lançado em 2004 numa conferência de brainstorm entre a O´Really e a MediaLive International, designou uma nova geração de serviços na internet.

“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva”. Tim O´Really

Neste artigo, quero propor a reflexão sobre o Empresário 1.0 e o Estagiário 3.0. Estes termos não existem, estou fazendo uma analogia com Web 2.0 para facilitar o entendimento.


Antes de continuar, é necessário compreender o ciclo de adoção de tecnologia:

Technology-Adoption-Lifecycle

Esta curva mostra a distribuição das pessoas quanto a adoção de novas tecnologias. Com a explosão das redes sociais, SaaS (software as a service), Web 2.0, AdWords, SEO (search engine optimization) e outras tecnologias, é natural que as pessoas mais jovens sintam-se mais à vontade do que as pessoas mais velhas.

Quem é o empresário 1.0?

É o empresário que pertence ao grupo dos early-majority (pessoas mais conservadoras, mas que respeitam a opinião das pessoas mais antenadas em tecnologia e a adotam quando percebem o benefício que ela trará) ou late-majority (pessoas que relutam em adotar uma tecnologia, e só o fazem mediante certa insistência).

O desafio do empresário 1.0 é que não há mais possibilidade de ignorar as novas formas de comunicação e que ter apenas o site institucional da empresa é coisa do passado. Toda empresa com visão de futuro já investe em ter seu canal no Youtube, um blog corporativo, atuar nas redes de relacionamento (Orkut, Facebook, Sonico, etc.), usar o LinkedIn como forma de se conectar com potenciais parceiros/clientes, em criar campanhas bem planejadas de links patrocinados, estreitar relacionamentos através do Twitter, etc.

Mas como se transformar em um empresário 2.0?

Existem quatro níveis de aprendizagem, e é necessário saber em qual nível o empresário se encontra para avaliar que ações devem ser tomadas.

Antes de investir tempo para aprender uma tecnologia, é necessário ter consciência da sua incompetência em uma determinada área, e evitar qualquer preconceito do tipo “Twitter é coisa de adolescente”. Porém, não são todos empresários que gostam ou tem tempo para seguir os níveis de aprendizagem acima.

Então qual a solução?

Há um grande boom no mercado de agências/profissionais especializados em AdWords, SEO (search engine optimization) e redes sociais (ou Social Media), mas é necessário separar o joio do trigo. As grandes empresas possuem verbas que justificam o investimento em agências, porém o pequeno e médio empresário não possui recursos para terceirizar 100% das atividades. A solução é criar recursos internos.

Estagiário 3.0

Não é fácil encontrar no quadro de colaboradores da empresa pessoas com tempo para estudar tantas novidades, pois a maioria das pessoas já tem muitas tarefas que ocupam a maior parte do seu tempo. Com isso, muitas empresas (1.0) desistem de investir em AdWords, SEO ou redes sociais por falta de recursos internos, e impossibilidade de contratar agências.

A realidade é que as pessoas mais jovens já utilizam a tecnologia de uma forma natural, e as redes sociais já fazem parte do seu cotidiano. Muitos já possuem blogs e comunidades, bem como possuem facilidade no uso de softwares gráficos e, eventualmente, de edição de vídeos.

Vamos imaginar como seria um dia normal em uma empresa 2.0 depois de um evento de confraternização:

  • Depois do evento as fotos serão postadas no Flickr na conta corporativa
  • Será editado um vídeo com melhores momentos que será enviado para o Youtube
  • No blog será postado uma notícia com algumas fotos e o vídeo será “inserido” no corpo da notícia
  • O Twitter será atualizado com um link para o blog
  • No site da empresa desenvolvido com um CMS livre (Joomla! ou WordPress), será criada uma notícia mais completa e uma galeria de fotos com as principais fotos do evento.

Caso a empresa não possua um empresário ou gerente de marketing 3.0, acho importante avaliar se não vale a pena rever o papel dos estagiários no quadro de colaboradores.

O Grupo Foco lançou uma unidade direcionada para jovens em início de carreira, e também um blog do qual selecionei um trecho:

“Se você está buscando emprego, vaga de trainee ou estágio, saiba que sua participação nas redes sociais pode contar pontos. A cada dia, as redes estão mais profissionais e servindo de referência para o mercado de trabalho. Por meio delas você pode fazer networking, acompanhar os processos seletivos e divulgação de vagas de várias empresas. Ou seja: você passa a existir para o mundo das mídias sociais e passa a construir sua identidade social
Vitrine para suas idéias (Por Luiz Gabriel – luizgabrielvieira@gmail.com)

Conclusão 2.0

A conclusão deste artigo pode ser resumida em uma frase de Peter Senge:

“O futuro das organizações – e nações – dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente.”

Ou seja, somos todos aprendizes e temos que aprender juntamente com o cliente (2.0) a encontrar as melhores soluções para sua empresa, pois no final o importante é gerar resultados efetivos. E durante este caminho, aprendermos muito, fazer novas amizades e o lucro será uma consequência.

Referências:

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